quarta-feira, novembro 12, 2003

HOMENS E MULHERES DA GNR PARTIRAM PARA O IRAQUE
Partiram hoje para o Iraque os militares da GNR que o Governo quis envolver naquele conflito. Não vou discutir ( hoje ) a oportunidade e legitimidade política da decisão do Governo. Vou apenas desejar boa sorte aos homens e mulheres que partiram e esperar que vão bem preparados e equipados para as dificuldades que vão ter pela frente.
Não resisto, no fundo de mim, a pensar em tantas outras partidas, de outros homens e mulheres, para outros locais do Mundo, em outras épocas. Também em resposta a uma ordem do poder político. Com ou sem legitimidade e razão histórica, pouco interessa, há sempre algo de obsceno nestas decisões : quem parte, fá-lo sempre de coração apertado e nó na garganta, quem fica nunca compreende bem o que é partir e arriscar a vida.
Não poucas vezes, acaba na morte de quem partiu e na culpa de quem ficou, por não ter feito tudo ao seu alcance na protecção de quem foi. É que, se é verdade que as grandes causas justificam os grandes sacrifícios, não menos verdade é que causas menores ou mal preparadas podem resultar em sacrifícios inglórios.
Desejo, muito sinceramente, que este não venha a ser um desses casos, e que tudo corra bem para os homens e mulheres da GNR. Eles partiram para longe e não levam culpa nem pecado.

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