Blogs (Blogues) = crónicas (quase) diárias; registo periódico de factos, opiniões e críticas ; as impressões íntimas, a política, o social.
terça-feira, março 16, 2010
SER PORTUGUÊS É UM DESALENTO DO CARAÇAS
Há dias em que desanimo, palavra. A realidade está a ultrapassar os piores pesadelos que alguém possa ter tido quanto a Portugal.
Não há nenhum sector da vida nacional que se aproveite. Nada. Está tudo sujo, corrompido, abastardado ou acomodado. Da boca dos políticos brotam as insignificâncias do costume, com ou sem razão, não interessa, não têm poder nenhum. Os políticos eleitos acham que essa condição de eleitos os autoriza a prescindir de outros valores humanos e é o que se vê. Os senhores do sistema, encaixam-se nas suas mordomias, recebem prémios ainda por cima e acham-se muito bom gestores, porque se podem passear em BMW 500s ou Mercedes não sei quantos. Os procuradores da república nem sabem para onde se virar, já sabem que o único tribunal que funciona é o da opinião pública. Os juízes continuam, imparáveis, como sempre fizeram há mais de cem anos, sem mexer uma palha para melhorar a sua casa, preocupados apenas com as suas sinecuras. Os professores, coitados, cansados das suas lutas recentes, baixaram os braços e rendem-se à burocracia, à indisciplina, ao granel tremendo em que se transformaram as nossas escolas. Os militares, atónitos, olham para toda esta loucura, resmungam, mas acabam por comer e calar, o tempo não vai de feição para outros 25 de Abris. No meio deste perfeito cataclismo social, há pessoas a viver com 450 euros mensais e outras com 4.500 ou mesmo com 45.000, para os mais “competentes”. Fora os robalos e os pargos que lhes são oferecidos por sucateiros espertos.
Se se gasta demais, a meter dinheiro nos bancos que alguém roubou , qualquer PEC resolve o problema, põe-se a populaça a pagar o que for preciso. Afinal, sempre foi assim, porque havia agora de ser diferente ?
E se, mesmo assim, ainda não chegar, privatiza-se a TAP, a ANA, o resto da GALP e da PT, os CTT ( ???? ) e, se calhar, qualquer dia, as próprias escolas, tribunais e prisões.
E é assim. Uma tristeza. Não consigo ter a mais pequena réstea de esperança. É triste viver sem esperança, não é ?
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