PORQUE NOS DEIXAMOS IR ?
Pois é, malta, porque será que nos deixamos sempre levar à certa ? Ou acham que não, que é uma inevitabilidade ? Então vejamos :
1) Estamos numa grande crise, não é ? Quem a provocou ? Fomos nós, simples mortais, com os nossos tremendos vencimentos e prémios e demais regalias ? Fomos nós, pobres marionetas, que quisemos ganhar biliões e começamos a vender gato por lebre, a impingir empréstimos a todos os gajos que passavam no passeio em frente ? O leitor, sim, você aí, quantas centenas de milhar de euros levou para casa de prémio de desempenho em 2009 ? Mais de um milhão ? Ou nada, nicles, zero euros ?
2) Se todos os anos é preciso haver um orçamento aprovado na Assembleia, porque carga de água, como em qualquer organização, incluindo uma simples colectividade recreativa, não é obrigatório, no fim do ano, um relatório de apresentação de contas ? Assim saberíamos onde aqueles senhores gastaram o nosso dinheiro. Algum dos leitores sabe onde é que o gastaram ?? Para falar verdade, acho que nem eles sabem !
3) Agora, de acordo com as intenções do PEC, somos nós que vamos pagar tudo o que foi gasto a mais. Nós ?? Porque raio de motivo é que vamos ser só nós ?
Então andam por aí uns quantos gandulos a viver que nem uns nababos e quando é para pagar somos só nós ?? Os bancos não são chamados a participar nem nada ? As mais valias financeiras fica tudo na mesma ? Os offshore vão continuar o seu papel de ocultação, de vigarice legal ? O sistema financeiro fica tão desregulado como até aqui ?
4) Por ultimo, expliquem-me como vai a nossa sociedade sair da crise se os vencimentos ( poder de compra ) se vão reduzir, em termos reais, se a confiança está a baixar, todos os dias, se o consumo interno regredir drasticamente ? Vamos ficar sem défice, daqui a 3 anos, mas também ficamos todos desempregados ? Tesos, com fome e sem esperança, mas o défice abaixo dos 3% e o euro forte ? Quem e como é que vai investir, neste cenário ?
São estas as alternativas ? Como é que, UM DIA, Portugal há-de ser um país decente ?
Pois é, leitor, convença-me, por favor, que não andamos sempre a cair nos contos-do-vigário, tenham eles roupagens de direita, de esquerda ou de centro ...
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