segunda-feira, abril 12, 2010

UMA QUINTA NO MEIO DO VERDE

É uma zona de colinas e vales, árvores tranquilas cá em baixo, a guardar as vinhas, gigantes de pás ao vento, lá em cima, rodando lentamente em busca de energia eléctrica.
É ainda Ribatejo, mas já a esticar-se para Oeste, à espera do vento que vem do mar.

Sempre que aqui venho, a esta quinta de amigos meus, sinto-me em paz com o Mundo e comigo mesmo.
Há qualquer coisa de mágico nestes verdes infinitamente variados, nestes muros de pedra cimentados com amor e suor, nos socalcos sabiamente construídos, nas cerejeiras e ginjeiras em flor.

Esta não é uma propriedade que alguma vez o dinheiro possa comprar, é algo onde se sentem os anos de sonhos e de canseiras, as soluções longamente reflectidas e construídas, o trabalho incansável, a dedicação e o amor por tudo isto.

Mais do que seus donos, estes meus amigos são os autores deste pedaço de paraíso, encaixado no triângulo Arruda dos Vinhos, Sobral de Monte Agraço e Alenquer.
São pessoas simples e hospitaleiras, que têm sempre muito orgulho em partilhar com os amigos este seu trabalho de muitos anos, desde que adquiriram um pedaço de terra inóspita com uma casa meio arruinada no meio.
Tem faro para estas coisas, este meu amigo, e encontrou na sua mulher um sólido esteio para este trabalho de anos.
Parabéns a ambos, amigos, por esta obra das vossas vidas. Fiquem com este meu testemunho, alguém que vem de fora, vê a obra realizada e lhes diz : bravo, amigos, este foi e continua a ser um trabalho magnifico !

Bem hajam por me deixarem, de vez em quando, partilhar da tranquilidade e beleza deste local. E também da vossa companhia e amizade, que sabem muito bem quanto prezo.
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