domingo, maio 08, 2011

AINDA ACREDITO EM PORTUGAL, MAS ...

Nunca como hoje Portugal viveu uma situação tão desesperada. Não tanto pelas dificuldades financeiras, mas pela escassez de gente de qualidade e pela quase total ausência de valores éticos e morais.
Mais do que faltar dinheiro, falta vergonha. Mais do que faltar produtividade, falta verdade. Mais do que abertura à concorrência, falta abertura à decência.
Pior, quanto a estes défices, os mais graves de todos, não há qualquer referência no memorando com o FMI e a Europa, não há qualquer medida prevista.
E se assim é, como é que alguma vez vamos recuperar, não me dizem ?
Vamos recuperar como, se um dos candidatos à recuperação é precisamente o homem responsável em grande medida pelo descalabro ?
Faço-vos uma promessa solene, leitores. Uma só. Se Sócrates voltar a ter o maior número de votos, nestas próximas eleições, deixarei de me considerar português. Não aceito pertencer a um povo tão amorfo e estúpido que insista em votar pela terceira vez em alguém como Sócrates.
Se essa desgraça acontecer, deixarei de me considerar português e deixarei também de acreditar na democracia.

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