quarta-feira, abril 06, 2011

AÍ VAMOS NÓS PAGAR A FACTURA, OS PARVOS DO COSTUME

A economia de um País é um sistema complexo, cheio de variáveis e imponderáveis. Contudo, malta, no que respeita à questão financeira, as coisas até nem são muito difíceis de entender : se se andar a gastar mais que aquilo que se tem, e a pedir dinheiro para o que falta, mais ano menos ano a dívida acumula e não há volta a dar-lhe. No que respeita ao Estado é o que vem a acontecer, praticamente desde Abril de 1974, com um destaque especial para os últimos 10 anos em que essa dívida DUPLICOU.
Ninguém sabia disto ? Ou sabiam e estavam-se nas tintas, pensando que mais tarde alguém havia de pagar (alguém que não eles, claro ) ?
Ou seja, incompetência pura e dura. Ou mesmo uma atitude lesiva dos interesses particulares e nacionais.
Quanto aos diversos Governos que ignoraram os sinais de aviso, pura e simplesmente acho que deveriam ser acusados pelo MP de gestão danosa da coisa pública.
Mas o endividamento do País não se limita a isto, não. À dívida pública há que somar a dívida das empresas, dos bancos e dos particulares, que, no seu conjunto, atinge um valor bem superior à dívida pública.
Uma vez mais, ganância, incompetência, talvez mesmo actividade criminosa. Porque carga de água a banca tem dívidas tão grandes aos exterior ? Para financiar o quê ? A compra de casa própria, por exemplo, que gente estranha convenceu os portugueses ser preferível ao arrendamento. Toda a gente quis ( e quer ) comprar casa própria. Onde é que os bancos foram buscar os enormes volumes de dinheiro para financiar essas compras, já que o dinheiro dos depósitos a prazo nem sequer cobriam metade desse volume ? Ao exterior, claro, foram pedir dinheiro emprestado. As empresas, a mesma coisa.
Estamos conversados, portanto : se a situação do Estado é caótica, com uma dívida enorme, a situação dos bancos e das empresas não é melhor.
Ou seja : andámos todos, nos últimos anos, a gastar muito mais do que aquilo que produzíamos ou tínhamos. Quando digo andámos todos, é um exagero, claro. Conheço muitos portugueses que sempre viveram com o que tinham, pouco ou muito. Honra lhes seja feita. Incluo-me nesse grupo.
A grande chatice, agora, é que também nós, os "moderados", temos que ajudar a pagar essas dívidas todas, quer queiramos quer não. Ou seja, uns gozaram, tiveram salários chorudos, compraram carros de sonho, fizeram viagens aqui e acolá, construiram vivendas com piscina e vista para o mar ... e nós, os parvos, vamos pagar tudo isso sem refilar.
Esta ideia não é nada reconfortante, pois não ?
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