sexta-feira, julho 30, 2010

CALOR, CALOR ...

Estive uns dias sem escrever, a descansar os dedos e, pensava eu, também os neurónios. Nada disso. O que a baixa política e a trampolinice deste pobre país não conseguiram, conseguiu o calor insuportável deste tempo desgovernado em que vivemos : quase gripei os tais neurónios. 42º C á sombra, companheiros e companheiras. Uma enormidade. Fui passar uns dias ao Entroncamento, tinha lá umas coisas a arranjar em casa, mas não aguentei, confesso : no final do segundo dia desertei cobardemente para Lisboa e o ar condicionado, com medo de derreter literalmente o conteudo craniano ! Bolas, até via miragens, na autoestrada, enquanto acelerava para a salvação.
Tenho que lá voltar, quando a calor baixar um pouco. Veremos.
Entretanto, a vida pública à portuguesa continuou, com as idiotices e sem-vergonhices do costume. O hábito. Termina a fase de investigação do processo Freeport, na prática não viram nada, não descobriram nada, mas também nem sequer perguntaram a quem podia saber alguma coisa. Entraram uns milhões e saíram, mas não sabem para que contas, ou que bolsos foram ... Em suma, tudo se passou como se fosse eu a tentar saber o que aconteceu e não a PJ mais o MP.
É o costume.
Paulatinamente, o senhor Procurador-Geral da República continua a ocultar-nos e a destruir factos, ou porque estão em segredo disto ou daquilo ou porque qualquer outra coisa. Até pode ser que não, mas o que parece é que há de facto uma eficaz cortina de fumo que nos impede de ver o que devia ser público e visível.
Somos assim. Tristemente cinzentos e dissimulados.
Havemos de morrer sem mácula nem desonra, mas tristemente ignorantes, enganados e miseráveis.

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