domingo, novembro 01, 2009

É óbvio, para qualquer espectador atento da vida nacional, que o nosso Governo, em especial o Ministério da Educação, está a aplicar critérios muito estranhos no que respeita às Escolas e á gripe A.
Primeiro, veja-se o que eles dizem. Sustentam os responsáveis que não faz sentido suspender uma turma ou encerrar uma Escola a menos que a taxa de incidência da gripe nessa turma ou escola seja superior á que existe na comunidade que envolve a escola.
Palavras bonitas ... mas totalmente desprovidas de sentido. É que, se fizerem as contas, basta 1 aluno doente numa turma para que a taxa de incidência na turma ( 1 em 30 ) seja superior á da comunidade.
Então, porque não suspendem e não fecham ?
Agora li esta notícia :


Vêem ? As ditas autoridades do ME e de saúde pública NÃO estão mesmo interessadas em fechar turmas ou escolas. Por eles, é até não haver mais ninguém saudável nas turmas !!
Porque motivo será ? Haverá justificações técnicas ?
Não sei, mas duvido muito.
O que decerto o ME e o MS pretendem é evitar, A TODO O CUSTO, o alarme geral e o sentimento desfavorável na opinião publica de atirar os jovens para a guarda dos pais. Por isso, há que aguentar as aulas, devem pensar.
Quem se lixa ?
Para começar, os alunos ainda não infectados que existam na turma. Depois, os professores dessa turma. Mas tudo bem, isso já não preocupa o ME+MS, pois não ?
É por essa e por outras ( tais como os critérios de prioridades para as vacinas ... ) que considero a chamada “saúde pública” uma disciplina muito sui-generis, onde o individuo é frequentemente desprezado e deixado entregue aos bichos em nome de critérios altamente distorcidos e enviezados, sob a capa do interesse comum.
Porque raio é que qualquer ministro ou deputado deve ter prioridade sobre algum outro cidadão ? Faz assim tanta falta ? É só ver a facilidade com que se fazem novos ministros para perceber que é uma completa parvoíce, essa prioridade.

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