sexta-feira, março 07, 2008

HUMILDADE NA GOVERNAÇÃO, PRECISA-SE ...

A senhora ministra da educação bem podia ser uma criatura mais sensata e sensível.
Alguém lhe disse que, para ser ministra, tinha que ser assim, implacável, surda e cega ... acho que a enganaram.
Se foi o senhor primeiro-ministro quem assim a aconselhou, bem mal andou. Embora outra coisa não fosse de esperar, já que também ele padece do mesmo mal.
Digo-vos, sinceramente : por muito medíocre que Portugal seja, estas duas pessoas não nos fazem falta nenhuma como governantes. Assumo claramente : o meu país estaria bem melhor se ambos se retirassem, num rasgo de clarividência e humildade.
Vindas não se sabe de onde, assumem-se na política como semi-deuses que tudo sabem e tudo podem, não se permitindo nunca uma duvida ou uma atitude de consenso, esticando até aos ultimos limites a noção de democracia representativa, desprezando arrogantemente todos os que se lhes opõem.
Pessoas destas, tão enquistadas, tão convencidas das suas poções milagrosas, tão soberbas, tão absurdamente fechadas aos outros, não deviam nunca ser governantes. Falta-lhes a humildade de quem sabe poder estar errado, falta-lhes a tolerância para as ideias dos outros e a sensibilidade para os seus problemas, falta-lhes a paciência dos que sabem operar a mudança, falta-lhes a sabedoria e o instinto de verdadeiros lideres.
Um lider, ainda que conduza a sua gente para ambientes de perigo e sacrifício, é capaz de suscitar entusiasmo e mesmo paixão.
Estes dois governantes, o que conseguem é fazer quase o pleno de entusiasmos e paixões … contra os seus projectos e ideias. Não é assim que se muda nada, a mudança não pode ser feita á força e de afogadilho, por mais votos que se tenham recolhido nas eleições.
A representatividade política, em democracia, não pode excluir o respeito pelas opiniões e legítimos interesses dos outros. Muito menos podem os eleitos retirar aos outros a sua dignidade.
Quando se olha muito para o umbigo não se enxerga o país.

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