sexta-feira, maio 16, 2008

DA CRISE MUNDIAL Á ASAE, TUDO É SURREALISMO PURO !

Quando reflicto um pouco sobre a forma como a vida económica está organizada, neste nosso mundo moderno, acabo sempre por ficar com uma sensação de fúria e de impotência. Mas também fico sempre com a ideia de que tudo isto é surreal, de que ninguém sabe muito bem como é que a coisa funciona nem o que vai acontecer num futuro próximo.
Há crise ? É o sector financeiro ? Há especulação com o petróleo e com os cereais ? Há tipos, grupos, empresas a usar o petróleo e o arroz como quem compra e vende acções ? Quem está a provocar o quê ? O mercado funciona mesmo livremente ou é apenas uma grande balela, todos estas variações são provocadas pela mão humana ?
É que, ao acompanhar diariamente estas odisseias, surge-me sempre a sensação de inevitabilidade, como se nada pudesse ser feito para evitar estes descalabros. Então foi este caos completo a que o neo-liberalismo nos conduziu ? Onde estão agora os arautos da desregulação e da liberalização ? A menos que estejam a comprar e vender arroz e trigo ...
Bom, mas voltemos ao assunto : então não se pode fazer nada ? Vamos assistir a fomes, desempregos, misérias várias, com um encolher de ombros ? Vamos continuar a tolerar a rapinagem, a podridão, a corrupção sem limites, a especulação desenfreada ? Oh, triste condição a de ser lúcido e impotente, antes não perceber nada do que se está a passar...
Pois bem, no meio de tudo isto, prossegue a actividade imbecil da ASAE. Imbecil porque paranóica e cega. Como se vivessemos num mundo a caminho da perfeição. Como se os nossos problemas fossem as colheres de pau ou o sistema H não-sei-quantos da gestão da refrigeração dos alimentos. Um destes dias, aplicaram uma coima de 15.000 e tal euros a um desgraçado dono de um barzito algures neste Portugal maluco ... Ahhhhh, mas afinal parece que foi engano, não era bem aquilo ...
Meu Deus, já não há paciência para aqueles tipos.
Já nem sei porque fui agora buscar a ASAE.
Talvez porque pior que sofrer todas estas convulsões da economia mundial seja aturar as diatribes e prepotências dos pequenos títeres, de ares vagamente mussolinianos, cheios de um afã enorme de mostrar serviço e prosseguir carreira ...

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