segunda-feira, novembro 26, 2012

O REGRESSO AO PÃO E VINHO SOBRE A MESA ?

Nos ultimos dias a raiva e a impotência são tão grandes dentro de mim que quase não deixam espaço para escrever. Ou viver.
Não sei que mais apreciar, se a total e completa traição de um governo ao seu povo se o vergonhoso espectáculo de uma maioria acéfala, teimosa e completamente ignorante.
Toda a gente já percebeu, economistas e políticos de todos os quadrantes e cantos do Mundo já o disseram : continuar por esta senda de cortes só provoca o agravamento de dívida e dos défices, sem benefício para ninguém. Nem para nós, portugueses, nem para os nossos credores.
A coisa é tão transparente e inevitável que apetece perguntar : se  os senhores do governo, que não são estúpidos, continuam cegamente a fazer o mesmo, é porque o seu verdadeiro objectivo não é a dívida nem o défice, mas sim outra coisa.
O quê , então ?
Há várias respostas possíveis, dependendo de quão longe levamos o verdadeiro objectivo do governo : empobrecimento da sociedade, desmantelamento do estado social, submissão à estratégia ( uma vez mais ) da Europa e ou da Alemanha.
Qualquer um destes objectivos, se se vier a provar, é suficiente para se acusar este governo de traição a Portugal ou à ordem constitucional vigente. Deixemo-nos de eufemismo ou de meias tintas. Corremos o risco de andarmos a ser vítimas de uma ideologia criminosa ou, ainda pior, de submissão a uma outra ideologia estranha ao interesse nacional.
Não vejo grandes alternativas, sinceramente. O descalabro é e vai ser tão grande que este governo ou é o supra-sumo da incompetência e ignorância ou anda a reboque de interesses que não são os nossos.
Passa pela cabeça de alguém obrigar todo um povo a regressar ao velho fado da casinha portuguesa com pão e vinho na mesa só porque as contas públicas não andam certas ? Ou porque é preciso desviar muitos milhões de euros para segurar a banca ?
Volto a lembrar os mais esquecidos : o limite da paciência dos portugueses está quase, quase, atingido. Quando tal suceder, se vier a suceder, não há cargas da polícia de choque que os salvem.
Repito, não se esqueçam disso.
Eu avisei.

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