quarta-feira, junho 02, 2010

O PRETENSIOSISMO DOS PSEUDO SALVADORES DA PÁTRIA

Hoje apetece-me falar-lhes sobre um fenómeno social que me intriga e também me irrita um pouco.
Fazem-me cócegas na inteligência as pessoas que se colocam nos bicos dos pés. Aquelas pessoas que, desprovidas de um mínimo de sentido de autocrítica e senhoras de um ego enorme ( e despropositado ) se julgam perfeitamente aptas a desempenhar altas funções de Estado ou outras. A maior parte das vezes, esta gente será apenas sofrível ou mesmo medíocre nessas funções, como a prática mostra abundantemente mais tarde. Infelizmente, só percebemos bem isso quando o mal está feito e muito tempo está já perdido.
Querem saber em quem penso quando digo estas palavras ? Em pessoas como Sócrates, Fernando Nobre, Santana Lopes, Manuel Alegre, Passos Coelho e tantos outros. Há-os de dois tipos fundamentais : os salvadores "profissionais" e os "iluminados" repentinos. Uns nunca aprenderam a fazer nada na vida para além da sua missão de salvadores da Pátria ; os outros baralham as coisas e pensam que a presidência é uma espécie de medicina missionária para os males da política.
Sinto que muitos de vós se encolhem, quando digo isto, e pensam que endoideci.
Garanto-vos que estou na plena posse das minhas faculdades. E que estas chegam perfeitamente para saber porque digo o que digo.
Tenho um conceito muito "sério" do que deve ser o serviço público, a este nível. Deve ser algo a que apenas se devem candidatar pessoas que tenham algo de novo e útil a oferecer à comunidade. Estas funções não podem ser olhadas como formas de progressão pessoal ou de conquista de notoriedade.
Na minha opinião, é isso que tem acontecido. Estas pessoas não têm nem imaginação nem capacidade de motivação geral e sobretudo não têm a mais pequena ideia do que deve ser feito para arrancar Portugal deste marasmo. Falam, falam, mais nada. Seria natural, perante as lacunas e dificuldades do nosso desenvolvimento, que as pessoas fossem modestas e reconhecessem que não sabem o que há-de ser feito. O quê ? Não sabem, eles, os supremos arquitectos do país ? Claro que sabem, dizem eles. E depois ... é o que se vê. Atolam-se, perdem-se, não sabem para que lado se hão-de virar. Sabem que mais ? Assim também eu, acreditem. Seria difícil qualquer um de nós fazer pior que isto, nos últimos ( muitos ) anos.
Olhem bem à vossa volta, reflictam nos currículos dessas pessoas, analisem o que aconteceu de bom ou de mau graças a eles, e depois tentem perceber porque raio é que o país nunca vai a lado nenhum.
Se entenderem bem os porquês, verão que, tal como eu, pensarão : mas que raio tem Manuel Alegre ou Fernando Nobre a oferecer aos portugueses ? Ou Passos Coelho ? Ou Sócrates ? Ou ... Cavaco, já agora ?
Não temos gente melhor que estes ?
Não acredito.

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