quinta-feira, junho 04, 2009

UM VÔO TRÁGICO

Aquilo que sei sobre aviões não é muito, mas é alguma coisa. Sobretudo, não acredito em bruxedos. Podem ter a certeza que agora, ao escrever estas linhas, as pessoas e organizações responsáveis pela investigação aeronáutica do acidente sabem mais do que aquilo que deixam passar para a comunicação social.
Uma análise sumária e simplista constata que a tripulação do avião não teve tempo para qualquer comunicação rádio. Os dispositivos automáticos de localização do avião ficaram imediatamente fora de acção. Os destroços entretanto encontrados estavam bastante afastados uns dos outros.
Sabem qual é a hipótese mais consentânea com todos estes dados ?
Explosão a bordo. Súbita e violenta.
Se arredarmos a hipótese de terrorismo ( a acção já teria sido reinvidicada ), resta-nos uma explosão provocada pelo combustível. Toneladas de combustível. Muitas.
Já não é a primeira vez que tal sucede. Lembram-se do célebre TWA 900, salvo erro ? Explosão a bordo, nos vapores de combustível, provocada por uma qualquer faísca não identificada. Os circuitos de ligação à terra dos depósitos foram todos melhorados, depois disso, creio eu ... mas, na minha opinião, é algo que é hoje ainda um forte perigo nos aviões, sobretudo em zonas de forte intensidade eléctrica.
O combustível que os aviões levam é uma perfeita bomba a bordo, em caso de algo correr mal. Aguardemos pelo resultado do inquérito.
Que descansem em paz todos os que seguiam a bordo e tiveram uma morte tão inesperada e desnecessária. Oxalá tudo tenha sido muito rápido, como parece.
Não deixem de voar, por causa deste acidente. Afinal, viver tem sempre perigos : atravessar a rua para ir beber um café ou ir de carro, pela autoestrada, para qualquer sítio. A percentagem de acidentes fatais na aviação comercial é ainda, de longe, muito reduzida, acreditem.

PS – vou votar, como sempre, mas nem me apetece falar destas eleições. Ao que nós chegámos !

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