domingo, julho 03, 2011

O GRANDE NEGÓCIO DOS DIAS DE HOJE : O DINHEIRO !

Volto a afirmá-lo : nos últimos anos um frémito de ganância aconteceu em todo o Mundo. Uma espécie de epidemia, brutal, mortífera, para a qual ninguém conseguiu antídoto ou mesmo apenas alívio.
Comecemos pelo princípio, como convêm. A epidemia começou no mundo financeiro, bancos, sociedades de investimento, sociedades de crédito. Perceberam que se podia vender e comprar toda a espécie de produtos, perceberam que podiam conceder créditos a quem não os podia pagar e mesmo assim vender esses débitos a terceiros, enroupados em seda e lantejoulas, os chamados produtos integrados, e com isso fazer milhões. Os lucros eram fabulosos e rápidos. O consumo foi assim incentivado, potenciado quase até à exaustão. Poder-se-à aqui comentar que as pessoas foram atrás desta onda consumista a crédito, deveriam conhecer os seus limites e parar...
Qual quê ? Quem é a pessoa, educada já nesta nossa nova sociedade da abundância e glamour, que resiste à possibilidade de comprar um carrinho de sonho, uma casa grande num local bom ou a umas férias em Cuba ? Hem ? Em outdoors, na TV, nos jornais e revistas, bancos, empreendedores imobiliários, concessionários de automóveis, todos se uniam para fazer o Zé Português contrair o seu créditozito ( ou 3 ou 4 ) e avançar para estas maravilhas ...
Se vasculharem bem nas vossas consciências, a quem se deviam pedir responsabilidades por esta situação ? Aos bancos, não ?
Não, por amor de Deus, aos bancos nunca, não tiveram culpa nenhuma disto, dizem-nos os políticos. Os bancos são essenciais à vida económica de uma sociedade moderna, são eles que financiam o crescimento económico, são eles que ajudam a criar a riqueza, dizem esses mesmos políticos. E vai daí, vão-nos extorquindo mais uns cobres para tapar os buracos dos bancos, essas entidades beneméritas da sociedade. Estes, por sua vez, como a crise está bera, restringem o crédito às empresas e que se lixe o desenvolvimento ...
Sabem o que lhes digo ? Quando crescer quero ser dono de um banco. Nos tempos das vacas gordas é um ver se te avias, o dinheiro entra de escantilhão. Se vier a crise, são eles na mesma, os tontos do costume, a abrir as carteiras e a darem-me dinheiro na mesma ... Quem é que pode perder neste jogo ? Ná, quero mesmo ir para banqueiro.
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